De repente era só eu lá
Sentado, não esperava ninguém falar
Eu não sei o do que se faz o silêncio
Porém, podem ser mágoas, aflições ou tristeza, apenas
E mesmo assim insiste em machucar
Ferida calada, parecida com o silêncio que se fez
Dessa vez não é pra reclamar
Talvez seja só mais uma incerteza
Não sei se vou aguarda até que um som rompa esse silêncio inexplicável
Eu gosto de silenciar, mas não gosto de calar, só se cala quem cansou de falar, de ouvir ou de tentar procurar respostas corretas pra ressaltar
A um assunto ao qual nem queria escutar
Afinal, nada é pra já, por isso fico na incerteza do esperar
Há de haver outras horas, só quero me expor pra que entenda:
Eu também gosto de silenciar, também sou feito de mente fresca sempre querendo pensar
Mente de rios pra se mergulhar
Clichê também é algo pra se usar
Mas não basta só usar essas palavras
Ninguém as lerá, ninguém as entenderá e eu não quero me explicar
Estou como um ‘dois de paus’ aqui
Vendo e relendo tentando saber como organizar
Essas idéias avulsas, que não param nunca de voltar
Ah, mas são muito mais que idéias
São leves sopros no peito
Borbulhas no estômago e uma energia não decifrada por mim ainda, passando na garganta indo até a cabeça, dando uma embriaguês pro pensar
Não sei se é bom ou ruim, não quero saber. Aliás, quem saberá?
Pouco me importo, a ansiedade é maior por alívio que a vontade de dar nome as sensações efêmeras
Porque eu sei que vai passar
Tudo passa
Mas eu passo devagarzinho
Já dizia Mário Quintana
“todos estes que aí estão atravancando meu caminho: eles passarão, eu passarinho”
Eu passo assim, passos levinhos, quase querendo levitar
Acho que vai ficar no silêncio
Uma hora vai passar.
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