sábado, 23 de março de 2013

dentro

Na divindade individual
Na paz espiritual
No espírito que habita em mim
Da alma que jaz sem fim
Enclausurada dentro deste corpo
Decrepitando a próprio gosto
Fluindo no infinito tempo
Na correnteza deste infinito
Finito Eu sou
Buscando no meu interior
Pacificidade pra me encontrar
Beleza admirar
Amar a vida no Todo meu
Pra sentir-se abraçado de fluidos bons
Bombeia sangue, pulsa veia forte
De emoção
O imaginário poder do coração

quinta-feira, 7 de março de 2013

cada aperto
na correria, escorrego
e assim,
indo para um lugar sem fim
sempre me encontro perdido
no vácuo
do profundo que procuro
dentro,
no meu próprio escuro
ainda tento me encontrar
incessantemente, sinto não poder parar
a trajetória, neste caso
não é para morte
mas sim, claro, para o que está vivo
no Eu, no todo
pois morrer é sentença
o resto, inconstante
sem mesmo poder dizer se vai acabar, agora
sem mesmo também, a nada mais, sentenciar
pois pulsa até morrer
e a vida está na veia
percorrendo ao longo da prisão de carne e osso
sufocando até o pescoço
deixando sangue jorrar
Desconecto-me
O chão se torna nuvem
A lua, luz gelada a me atravessar
É inverno,
Inverno em minha alma