quarta-feira, 11 de abril de 2012

Imagina quantos lugares existem dentro do "aqui"

Estou pontuando e desatando alguns nós que a vida deu. Ultimamente, o que me tem sido válido não é de valia alguma pra qualquer participante desse reality show. É como se tudo o que aqui pertencesse, tivesse de passagem como eu, mas pra outro lugar, diferente do meu. Eu não consigo pegar uma agulha pra levar comigo, até o crochê teve que perder a vez. A roupa, o sapato, o pai e a mãe, de ninguém pertencem, nem a mim, comprei tão suado aquela roupa cara. E aí? Qual é a validade? Deixo de pagar caro com dinheiro pra pagar caro com a cara. Porque se não tenho o que o dinheiro me comprou, o que não pode comprar muito menos será meu.

Mas já deixei de querer muito pra mim. Acho que muito e pouco se equivalem quando o assunto é quantos estão no bolso e quantos estão ao lado.

Metaforicamente falando, não te trará satisfação ir pro céu se você gosta do inferno.

Aqueles senhores da praça que tanto me encantaram não são meus, nem daqui de onde eu piso. Eles são de onde quiserem ser, e escolheram ser da praça e da música. E olha, nem na praça eles estão mais. 

A validade das coisas se relaciona diretamente com o tédio empregado aquele lugar ou aquela situação. Os senhores se entediaram enquanto eu pedia bis, e foram embora. Assim que está me parecendo a vida.

 

Nem vou esperar muito tempo até ficar claro, porque “e se”? E se os senhores ficassem na praça? Talvez o entediado seria eu. E não teria peito pra dizer que aquilo já não mais me satisfaz como antes me encantava.

Então é por isso que tudo que resolveu chegar ao fim e partir por conta própria, eu deixo que vá. Não me cabe pontuar, não enquanto estiver preparado pra que aquilo novamente aconteça.

Das vontades eu sei quase todas que eu quis experimentar. Mas eu ouvi o certo de que ‘vontade dá e passa’.

Não sei se vai passar. Mas se não passar, eu arranjo outras só pra me assegurar.

Por fim, acho nem de estratégia, nem de estrada a vida é feita... porque até agora ninguém, de fato, viu o fim e cumpriu sua meta como prometido. Nem vi pecados a pagar. Injustiça divina ou justiça dos homens?

sábado, 7 de abril de 2012

praça

Queria poder dizer olá
Para o casal de senhor que canta com prazer no olhar
Canções que me fazem adorar
A vida dura e amarga
Que cada passo prova o espaço
Dessa tal beleza de cantar
E da tristeza do corre de lá pra cá.