cada aperto
na correria, escorrego
e assim,
indo para um lugar sem fim
sempre me encontro perdido
no vácuo
do profundo que procuro
dentro,
no meu próprio escuro
ainda tento me encontrar
incessantemente, sinto não poder parar
a trajetória, neste caso
não é para morte
mas sim, claro, para o que está vivo
no Eu, no todo
pois morrer é sentença
o resto, inconstante
sem mesmo poder dizer se vai acabar, agora
sem mesmo também, a nada mais, sentenciar
pois pulsa até morrer
e a vida está na veia
percorrendo ao longo da prisão de carne e osso
sufocando até o pescoço
deixando sangue jorrar
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