Não é debaixo de um rosto encenado,
Nem do mais belo salto artístico,
Nem mesmo atrás dos olhos maquiados
Que está a farsa.
Não há farsa,
Seria muito tempo pra isso, não é mesmo?
Disso tirou-se uma afirmação,
Fingimento gera constrangimento.
Vivendo num conflito interno,
Virando os dedos por entre a caneta pra escrever verdadeiramente,
Rodopiando em desafios mentais.
E se perguntando: é bing-bong ou ding-dong?
É sempre a mesma impressão de soar tudo igual.
Mas sabe-se, logo, é igual
E no meio há uma caricatura,
No fundo há o coração.
E dele eu tirarei sangue até achar a verdade.
Eu sei que isso vai me ferrar,
Mas eu estou em grande confusão.
Beirando explosão, tipo vulcão prestes a erupção.
Só tem o que tá aqui dentro,
Faço artesanato da minha pele com calos,
Fico demasiado exposto aos ratos.
Poluído, desalmado.
Lapidando cada pedaço, cada farpa,
Com minuciosidade.
O que vou deixar,
Eu verei,
Tu verás.
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