segunda-feira, 8 de abril de 2013


A cor do verde me causa arrepios
Assovio para o vão na imensidão
No horizonte cortando a nuvem e o chão
Impossível determinar o chão
Recortado de formigas saúvas
Cheias das permissões na natureza
Subo o mais alto para tocas as nuvens
Mas só dos olhos sinto a cor das mais carregadas
As árvores desenham a paisagem
Nos galhos, as aves expressam sua linguagem
Não posso falar a língua das aves,
Nem das árvores
Uivando com o cortante vento
Assemelhando meu assovio ao relento
Não se pode tocar a natureza
Não se pode medir o tamanho dessa beleza
Sinto a textura da folha
E a delicadeza da pele
Parte desse todo sou eu
Móvel, levado pelo tempo
Enquanto das pernas tomo minha partida
Das raízes as plantas ficam sem partida
As naturalidades do ser
Planta
Bicho
Gente
Sobre o orvalho, caminho
Pé, raiz, galho, flor
Molhados no silencioso sereno

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