"Não oblitero moscas com palavras.
Uma espécie de canto me ocasiona.
Respeito as oralidades.
Eu escrevo o rumor das palavras.
Não sou sandeu de gramáticas.
Só sei o nada aumentado.
Eu sou culpado de mim.
Vou nunca mais ter nascido em agosto.
No chão de minha voz tem um outono.
Sobre o meu rosto vem dormir a noite."
De Manoel Barros em "O Livro das Ignorãças".
Minha leitura pré-adolescente fazendo muito mais sentido em minha fase -quase- adulta.
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